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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Psiquiatria: Confusão Mental

O termo “confusão” indica a dificuldade de apreender o significado total de determinada situação. É comum o emprego da expressão “estou confuso”, significando que o indivíduo está indeciso, sem saber que atitude adotar diante de várias alternativas. A expressão popular “andar como barata tonta”, identifica esse mesmo sentido vulgar de confusão: o indivíduo corre de um lado para outro, sem sabe o que fazer primeiro.
Já no sentido técnico, o termo confusão mental abrange grande quantidade de ocorrências de clínica psiquiátrica, que tem como fator comum a perturbação do estado de consciência. A definição confusão mental é aplicada, especialmente, aos estados mentais que decorrem ou são conseqüência de processos toxiinfecciosos. Assim, um paciente que apresenta infecção pulmonar poderá desenvolver uma perturbação da consciência, permanecendo em determinado local sem saber onde se encontra ou confundindo o local em que se encontra com outro, comportando-se, portanto, de maneira inadequada.

ORIENTAÇÃO TEMPOROESPACIAL - Não é só a orientação no espaço que é alterada no estado de confusão mental, mas também o sentido de tempo. É comum que o paciente fique desorientado quanto ao dia do mês ou ao próprio mês. Isso porque ele não tem suficiente clareza de consciência para registrar a sucessão dos dias, ou então sua memória não recebe informações suficientes para a identificação correta do dia presente. Outras vezes, o paciente é incapaz de situar-se no período do dia: confunde o período da manhã com o da tarde e vice-versa.
Nessas condições, está suspenso o mecanismo de orientação temporoespacial; sem noção do espaço, o indivíduo freqüentemente sofre intensa ansiedade. Em geral, a ansiedade não se relaciona a uma situação específica, podendo até transformar-se em pânico, sem motivo aparente.
Ao mesmo tempo, o processo toxiinfeccioso determina um estado de sonolência, mas o paciente esforça-se ocasionalmente em perceber com mais clareza o que se passa consigo e no mundo ao seu redor. Nessas ocasiões, mostra uma expressão facial de espanto e medo, por não poder compreender totalmente as coisas que ocorrem no ambiente. Não é capaz de sintetizar os estímulos exteriores através da elaboração do raciocínio e com isso as informações recebidas e suas conclusões apresentam sempre aspecto fragmentário.
Se o processo toxiinfeccioso durar algum tempo, essa fragmentação do contato do indivíduo com o meio e consigo mesmo vai aumentando cada vez mais. A atenção voluntária também sofre alterações. Ocasionalmente, com grande esforço, o doente poderá voltar a atenção para alguma situação externa ou interna. No entanto, essa atenção dirigida logo se dissipa e ele volta à condição anterior, praticamente sem contato efetivo com a realidade.

FALTA DE MEMÓRIA - A ausência de um contato efetivo com a realidade prejudica também a capacidade de o indivíduo “armazenar” as informações fornecidas pelo meio.
De maneira geral, a pessoa não tem condições para usar de modo adequado seus “bancos de memória”. No entanto, é freqüente que consiga memorizar alguns dados fundamentais. Depois de recuperar-se de um período de confusão mental, verifica-se muitas vezes que durante a enfermidade os acontecimentos não foram registrados, ou, quando foram, a reminiscência mostra-se incorreta ou imperfeita. O doente poderá lembrar-se de alguns acontecimentos, independentemente de sua importância, e esquecer-se completamente de outros; esse estado recebe a denominação técnica de amnésia lacunar. Em outras palavras, formam-se lacunas na memória e determinados períodos da vida ficam sem registro.
Quando o doente se recupera e sai do estado confusional, os familiares e amigos com freqüência relatam acontecimentos dos quais ele não se recorda. Assim, o indivíduo reconstrói a situação vivida e pode até mesmo contar a outras pessoas o que aconteceu, com relativa riqueza de detalhes. Mas não está utilizando dados que recolheu diretamente da situação vivida; faz uso apenas das informações indiretas, de ouvir dizer. Esse estado é denominado memória de empréstimo. Para o psiquiatra, é importante verificar se o paciente está usando “memória emprestada”. Isso nem sempre é fácil, pois o doente poderá referir-se com fidelidade a acontecimentos dos quais na verdade não tem uma lembrança vívida, o que levaria a pensar que não foi psicologicamente afetado durante o período toxiinfeccioso.

PENSAMENTO E ILUSÃO - Outra característica da confusão mental é a dificuldade de elaboração do pensamento. As associações mentais são extremamente difíceis. Em alguns casos, no entanto, ocorre grande excitação psíquica: o pensamento é rápido, porém inadequado e até mesmo incoerente. Já em outros casos predomina a apatia, o doente permanece alheio a tudo em seu redor, apresenta uma expressão facial monótona e vazia.
Além disso, a capacidade de sentir e perceber o meio exterior também fica alterada. O processo toxiinfeccioso compromete órgãos receptores de estímulos internos e externos. Isso favorece o aparecimento de outras manifestações, como a ilusão e a alucinação.
Se o doente permanecer na semi-obscuridade poderá interpretar a deficiência de informações que recebe como as mais variadas ilusões. Sua capacidade de crítica também está diminuída, e isso aumenta o valor e a importância das ilusões. Também ocorrem alucinações, sinteticamente definidas como percepções sem objeto. Quando o processo toxiinfeccioso é agudo, predominam alucinações visuais, em geral representando situações angustiantes, que provocam enorme sofrimento. Já nos casos de confusão delirante, as alucinações podem ser auditivas, propiciando delírios, nos quais o doente é perseguido por “vozes” de inimigos terríveis.
Se o doente for operado por qualquer outro motivo, existe o perigo representado pela sua indiferença ou descuido a importantes problemas orgânicos. Assim, após uma cirurgia, o paciente poderá sair pelos corredores do hospital, para fugir dos perseguidores imaginários, e isso pode ter conseqüências muito graves.

AS CONFUSÕES - Geralmente, alguns sinais ou sintomas precedem as manifestações do estado de confusão mental. Inicialmente surgem dor de cabeça, irritabilidade, torpor, sonolência e um estado ansioso. A partir daí o doente entra pouco a pouco no estado de confusão mental.
Na forma simples, tecnicamente conhecida como astênica, predominam a sonolência e o torpor. Os processos de elaboração mental são lentos e o pensamento é difícil. Por outro lado, a movimentação automática não é prejudicada e o doente pode manter um comportamento adequado, quando a atividade que desempenhar for de cunho automático.
Já a forma delirante representa uma complicação, uma progressão da forma astênica. O doente, em geral, apresenta manifestações, como o delírio e as alucinações. Na maior parte dos casos, a cura do processo toxiinfeccioso permite que haja recuperação das capacidades psíquicas do doente.
Por fim, há a forma estuporosa grave, na qual se verifica uma suspensão praticamente completa de toda a atividade do indivíduo. É causada pela ação de processos toxiinfecciosos graves, que colocam em perigo a vida do paciente.
Em todos os estados de confusão mental, o tratamento deve ser realizado com a maior brevidade possível; na maior parte das vezes, a cura da confusão mental depende basicamente da resolução do agente causador, o processo toxiinfeccioso.

Um comentário:

  1. PRA VC AGR Q LEU ESSAS COISAS VC ENTROU AKI POR Q VC ESTA SE SENTINDO ASSIM COMO VC LEU MAIS QUERO Q VC N DESISTA PQ DEUS ESTARA COM VC ASSIM COMO ELE ESTA COM VARIAS PESSOAS N DESISTA CONFIA NELE ELE DE TODO O CORAÇAO


    ja pra mim e diferente os sintomas meu

    -sentir q eu n sou eu
    - deixar algo em um lugar e nao conseguir lembrar depois onde eu pus
    -peso nos olhos
    -coceira nos olhos
    -dores no peito no estômago e pontadas no braço o dores no pescoço
    - raciocinio lento e n consigo imaginar as coisa corretamentes e nem pensar corretamente


    EU TENHO 16 ANOS E VAI FAZER 10 MESES Q ESTOU SENTINDO ISSO SE PUDER ME RESPONDER ISSO Q ESCREVI AGRADEÇO A E MAIS UMA PERGUNTA TEM COMO SE CURAR ALGUM PACIENTE JA SE CUROU DISSO PESSO Q ME RESPONDA VC ME AJUDARIA MUITO SE ME RESPONDESSE

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Quem sou eu

Nascido no Japão como filho de massagista shiatsu em 1947, imigrado ao Brasil em 1959, residente em Marília/SP/Brazil desde 1997.

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