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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Psiquiatria: Cocainomania

Quando os espanhóis invadiram o território inca, um fato lhes causou espanto. Os indígenas, mascando a folha de uma planta, podiam ficar sem comer ou beber durante dias, sem perda aparente de disposição ou ânimo.
A folha que os incas mastigavam era a coca. Pequenas bolsas contendo folhas desse vegetal eram oferecidas, pelo imperador, para premiar atos de importância para a nação, da mesma forma que as comendas e medalhas nos dias atuais. Acreditava-se que o vegetal tinha propriedades revitalizantes ou até mesmo mágicas. E muito tempo transcorreu até que se levantasse uma primeira voz contra seu uso. Depois desse primeiro alerta, ainda se passaram outros tantos anos para que fosse reconhecido o elemento ativo da coca: a cocaína.
Atualmente, a cocaína encontra aplicação muito resumida em medicina porque é capaz de desenvolver uma dependência e fazer do paciente um viciado. É usada, hoje em dia, como anestésico local ou tópico, em otorrinolaringologia, por exemplo. No entanto, mesmo com uso local, a cocaína apresenta efeitos secundários incômodos e perigosos. A droga não age apenas no local da aplicação, mas provoca todas as alterações psíquicas de que é capaz. E esse pode ser o primeiro passo para o vício. Os processos habituais de consumo da cocaína são as injeções e as aspirações, como se fosse rapé.

NECESSIDADE VITAL - A cocaína é um elemento da classe dos alcalóides, retirado de diversos vegetais do gênero Erythroxylum - principalmente do Erythroxylum coca -, que recebem esse nome porque possuem caule avermelhado. Antigamente, eram mastigadas as folhas secas, sem maiores sofisticações. Mas, com o tempo, tornou-se um produto de laboratórios, e seu uso principal, nos dias que correm, é como estimulante.
Por ser droga capaz de desenvolver uma condição de dependência - ou seja, uma necessidade vital do uso da droga-, a cocaína é enquadrada entre os produtos tóxicos. Aliás, em termos de potência, somente perde para o ópio e seus derivados.
Quando a droga é utilizada por via nasal - aspirada -, provoca intensa irritação sobre a mucosa nasal. Mas, como ao mesmo tempo tem efeitos anestésicos, o viciado não sente essa irritação. Não se prevenindo contra a agressão à mucosa, aparecem conseqüências graves que, nos viciados mais antigos, chegam até à destruição do septo nasal, ocorrência que chega a determinar deformidades faciais.

OS TRAÇOS DO VICIADO -

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Quem sou eu

Nascido no Japão como filho de massagista shiatsu em 1947, imigrado ao Brasil em 1959, residente em Marília/SP/Brazil desde 1997.

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