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terça-feira, 14 de julho de 2009

Dicionário Médico: Letra L

LABFERMENTO (ou Quimosina ou Coalho). Enzima do suco gástrico que determina a coagulação do leite.

LÁBIO LEPORINO. Malformação congênita que consiste na presença de uma fissura vertical no lábio superior (muito raramente no lábio inferior) que alcança as narinas, podendo estender-se até o palato (fissura palatina). Geralmente, a fissura é única; às vezes, porém, pode ser bilateral. A sucção do lactente e a fonação são grandemente comprometidas; por essa razão, torna-se necessária uma intervenção cirúrgica que consiste em suturar os bordos da fissura.

LÁBIOS. Pregas cutâneo-músculo-mucosas que formam o contorno da cavidade bucal.

LABIRINTITE. Processo inflamatório de evolução aguda ou crônica, do ouvido interno (labirinto).

Labirintite aguda: provocada pela presença de germes provenientes de focos próximos ou distantes, após infecções gerais. Às vezes, é causada por fatores tóxicos exógenos (como, por exemplo, na administração de doses elevadas de quinino). A labirintite manifesta-se com surdez mais ou menos acentuada, náusea, vômito, vertigens.

Labirintite crônica: aparece após surtos repetidos de labirintite aguda ou depois de infecções crônicas, geralmente de natureza tuberculosa ou sifilítica. A manifestação sintomática é semelhante, conquanto menos intensa que a da l. aguda.

LACERAÇÃO. Ferimento quase sempre provocado por traumatismo dos tecidos, no qual os bordos são rasgados.

LACRIMAIS (Glândulas). Glândulas situadas no ângulo supero-exterior da órbita, que secretam as lágrimas. Trata-se de corpos acinosos, dotados de ductos excretores, que conduzem a secreção lacrimal para o exterior.

LACTAÇÃO. Atividade secretora da glândula mamária que se inicia pouco antes do parto e se prolonga, às vezes, durante até mais de um ano. Nos primeiros dias, a quantidade de leite secretado é pequena, não ultrapassando 20 gramas; aumenta posteriormente até atingir cerca de 900 gramas, no oitavo mês. A l. é desencadeada por um processo complexo de secreções hormonais (ver Mamas).

LACTASE. Enzima do suco intestinal que cinde a lactose em glicose e galactose.

LACTOBACILOS. Micróbios que elaboram enzimas capazes de desdobrar açúcares e são utilizados na terapêutica de infecções intestinais.

LACTOFLAVINA ou RIBOFLAVINA. Ver Vitamina B2.

LACTOSE. Dissacáride, composto de glicose e galactose, encontrado no leite; por esse motivo é denominado açúcar do leite.

LÁGRIMAS. Líquido claro, transparente, de sabor ligeiramente salgado, elaborado pelas glândulas lacrimais; contém globulina, albumina, uréia, cloreto de sódio, glicose. Nas lágrimas existe uma enzima, a lisozima, descoberta por Fleming e que exerce ação desinfetante nos tecidos oculares. O fenômeno da secreção lacrimal é devido a estímulos irritativos locais que provocam uma estimulação nervosa, ou a fatores psíquicos (tristeza, satisfação).

LANDRY (Moléstia de). Ver Paralisia ascendente aguda de Landry.

LANGERHANS (Ilhotas de). Ver Pâncreas.

LANGUIDEZ. Estado de debilidade que pode estar ligado à anemia, síndromes nervosas, ou simplesmente a jejum prolongado.

LAPAROCELE. Termo que indica hérnia da parede abdominal. Pode ser espontânea ou traumática.

L. espontânea: ocorre por debilidade congênita ou patológica de um segmento do abdome.

L. traumática: observada após traumatismos intensos ou intervenções cirúrgicas. Neste último caso, verifica-se em pontos correspondentes aos ferimentos cirúrgicos.

LAPAROTOMIA. Intervenção cirúrgica que consiste na abertura da cavidade abdominal. Pode ser praticada para fins de diagnóstico (l.exploradora) mas, na maior parte dos casos, é efetuada para operar órgãos abdominais.

LARINGE. Parte do aparelho respiratório situada na região mediana do pescoço, na altura das vértebras cervicais inferiores; comunica-se com a faringe e com a traquéia. Constitui o órgão da fonação. É formada por cartilagens, membranas, ligamentos e músculos. As cartilagens principais da laringe são: cartilagem tireóide, formada por duas lâminas em V, com o vértice dirigido para a frente, constituindo o “pomo de Adão”; cartilagem cricóide, que sustem as demais cartilagens da laringe; cartilagem aritenóide, que se articula com a cricóide; epiglote, situada atrás da tireóide, tendo como função fechar a abertura superior da laringe durante a deglutição, impedindo a penetração do bolo alimentar nas vias aéreas.

A fonação é assegurada pelas cordas vocais, dois pares de dobras mucosas localizadas no interior do órgão. O par superior constitui as cordas vocais falsas (ou pregas vestibulares); o par inferior forma as cordas vocais verdadeiras (ou pregas vocais). O espaço compreendido entre estas últimas é denominado rima glótica, cuja amplitude depende da atividade dos músculos laríngeos.

A laringe é revestida por mucosa ricamente vascularizada e inervada; a estimulação destes nervos provoca tosse. Os processos patológicos mais freqüentes na laringe são representados por processos inflamatórios (ver Laringite) e por tumores benignos e malignos. Os primeiros podem ser fibromas, adenomas, papilomas, cujo aparecimento, na maior parte dos casos, se deve a irritações contínuas do órgão vocal (de fato, tais processos são freqüentemente observados em cantores, oradores, fumantes inveterados). Os papilomas podem ser encontrados em crianças. Os tumores malignos da laringe ocorrem com mais freqüência no sexo masculino e com idade entre 40 e 60 anos. Os primeiros sinais são rouquidão, distúrbios respiratórios, dores que se acentuam durante a deglutição. A seguir, aparecem vômitos sanguinolentos, nódulos no pescoço, dor mais acentuada e dispnéia. Os tumores podem comprometer uma ou mais cordas vocais ou todo o vestíbulo do órgão.

LARÍNGEA (Estenose). Ver Estenose laríngea.

LARÍNGEA (Paralisia). Ver Laringoplegia.

LARÍNGEO (Espasmo). Ver Espasmo da laringe.

LARINGITE. Processo inflamatório da laringe. Na maior parte das vezes, a laringite está ligada a inflamações da faringe, da cavidade oral, do nariz. Outras vezes, depende de infecções gerais. A laringite pode ser aguda ou crônica.

Laringite aguda: Distingue-se em laringite catarral (ou laringite aguda simples), laringite estridulosa (ou laringe espasmódica ou crupe espasmódico ou falso crupe), laringite flegmonosa e laringite edematosa.

Laringite catarral: encontra-se em todas as idades, sendo rara no primeiro ano de vida; predomina no inverno e surge quase sempre quando ocorrem súbitas oscilações de temperatura. às vezes, aparece após rinofaringite aguda, ou como complicação da influenza, do sarampo ou de outras doenças infecciosas agudas. O quadro clínico caracteriza-se por febre moderada, tosse seca e dolorosa, rouquidão e estridor.

Laringite estridulosa: peculiar às crianças, caracteriza-se pelo aparecimento abrupto de tosse, rouquidão e dispnéia inspiratória. Em certos casos, a asfixia parece iminente, porém, após alguns minutos ou horas, a respiração se normaliza. Depois do acesso, nota-se somente tosse ligeira e rouquidão. Às vezes, a crise repete-se durante a noite seguinte. Parece haver predisposição familiar para a laringite estridulosa.

Laringite flegmatosa: ver Obscesso laríngeo.

Laringite edematosa (ou Edema da Glote): manifesta-se com tumefação que se localiza abaixo das cordas vocais, na maioria dos casos como decorrência de infecções amigdalianas; os sintomas são: queimor na garganta, dispnéia, às vezes febre.

Laringite crônica: Pode instaurar-se após repetidos casos de laringite aguda ou após processos inflamatórios crônicos (tuberculose, sífilis). Manifesta-se com vermelhidão das cordas vocais (as quais apresentam-se espessadas) e hipertrofia da mucosa. Na forma de origem tuberculosa, cujo aparecimento na laringe é favorecido por fatores irritativos, ocorrem os seguintes sintomas: tosse seca, especialmente durante a noite, rouquidão, disfagia e dispnéia. É característico o espessamento de uma só corda vocal, ao qual se segue ulceração e edema que, nos casos mais graves, dificultam a função respiratória.

LARINGOPLEGIA. Paralisia da laringe devida a lesões cerebrais ou bulbares ou a alterações periféricas (aneurisma da aorta, neoplasia do esôfago). Pode afetar uma ou ambas as cordas vocais, provocando distúrbios da fonação.

LARINGOSPASMO. Ver Espasmo da laringe.

LATEJAR. Termo popular para indicar a sensação de pulsação, principalmente em estados inflamatórios.

LEIOMIOMA. Tumor de evolução benigna que provoca proliferação atípica de células musculares lisas. São freqüentes os leiomiomas no útero, na próstata, no estômago, no intestino.

LEISHMANIOSES. Moléstias causadas por protozoários da família dos tripanossomídeos, denominados leishmânias. A infecção no homem é transmitida por mosquitos do gênero Phlebotomus.

As leishmanioses se apresentam sob duas formas - cutânea e visceral - ambas inicialmente verificadas no Oriente e, depois, no Brasil e nas Américas.

L. cutânea do Oriente: provocada pela Leishmania tropica, inicia-se por um nódulo (Botão de Delhi), o qual, posteriormente, se ulcera formando uma lesão com vários centímetros de diâmetro, recoberta por crosta.

L. cutânea ou tegumentar americana: provocada pela Leishmania brasiliensis e afetando a pele e as mucosas nasofaríngeas, determinando a formação de ulcerações. No nariz, as úlceras destroem o septo nasal e o palato; o mesmo sucede na mucosa bucal. Na pele, a lesão ulcerosa tem as mesmas características da forma cutânea do Oriente e é conhecida pela denominação de úlcera de Bauru ou ferida brava. No Peru, é conhecida como espúndia e uta.

L. visceral: endêmica na Índia, Sul da China, Indochina e do Sul, Nordeste e Norte do Brasil. Na Índia é conhecida como Kala-azar ou esplenomegalia tropical; na América a l visceral foi descrita por Marques da Cunha e Evandro Chagas, em 1939, com o nome de L. visceral americana que é provocada pela Leishmania chagasi. O agente do calazar indiano é a Leishmania donovani. A l. visceral manifesta-se por febre, anemia grave, emagrecimento, tendência a hemorragias, hépato e espelnomegalia.

LEITE. Produto de secreção das glândulas mamárias, das fêmeas de mamíferos. Os componentes do leite são: água, caseína, lactalbumina, lactoglobulina, lactose, sais minerais. Constitui um alimento completo, pois contém todos os princípios nutritivos: carboidratos, gorduras, proteínas, sais e vitaminas.

LEITE DE FEITICEIRA. Designação popular de secreção temporária de líquido leitoso, observada, algumas vezes, em recém-nascidos.

LEITO UNGUEAL. Segmento no qual a lâmina da unha é nutrida e se mantém aderente.

LENTIGEM ou LENTIGO. Pequenas manchas pigmentadas circunscritas, mais ou menos difusas na face, nos braços e nas mãos, vulgarmente denominadas sardas.

LEPRA. A lepra é moléstia infecciosa de decurso crônico, provocada pelo Mycobacterium leprae e caracterizada por lesões granulomatosas dos tecidos superficiais (pele, subcutâneo, mucosas das vias respiratórias), oculares e dos nervos periféricos. A moléstia se apresenta em quadro clínicos e anatomopatológicos diferentes. Segundo a estrutura histopatológica das lesões, existem três formas fundamentais: a lepromatosa, a inflamatória simples (ou indeterminada ou incaracterística) e a tuberculóide. As formas lepromatosa e tuberculóide são totalmente diferentes na sua estrutura, quantidade de bacilos e prognóstico, razão pela qual são consideradas formas polares. Cada uma dessas formas pode apresentar manifestações cutâneas, nervosas ou cutâneo-nervosas, constituindo subtipos. A forma lepromatosa é caracterizada apela negatividade do teste da lepromina e por infiltração granulomatosa nodular ou difusa dos tecidos subcutâneos, da mucosa de revestimento das primeiras vias respiratórias e dos ovários. O tecido granulomatoso é formado por células histocitárias carregadas de bacilos (células de Virchow), por tecido colágeno e por agrupamentos bacilares denominados globulinas. É a forma mais grave da moléstia e que oferece maior resistência à terapêutica. Além disso, pela consante presença de bacilos na mucosa nasal, é a forma mais importante do ponto de vista epidemiológico. Clinicamente, é caracterizada pelo aparecimento de nódulos subcutâneos, denominados lepromas (quando localizados no rosto e nas orelhas provocam o que se chama fácies leonina). Além disso, há comprometimento das mucosas do nariz, da faringe e da laringe. Na forma tuberculóide, o teste da lepromina é positivo e o tecido granulomatoso é formado por células epitelióides e algumas células gigantes, tipo Langhans. A localização é epidérmica e compromete as terminações nervosas cutâneas. É a forma menos grave e que mais facilmente se beneficia com o tratamento; geralmente, nas lesões não são encontrados bacilos. As manifestações cutâneas, as alterações da sensibilidade e as atrofias musculares são características dessa forma de lepra. A forma indeterminada representa a manifestação mais precoce da doença e que pode evoluir para uma das formas polares: lepromatosa ou tuberculóide. O teste da lepromina é negativo ou ligeiramente positivo. A manifestação clínica mais importante é dermatológica (mácula acrômica e anestésica). Um outro tipo de lepra é o denominado dimorfo ou “bordeline”, caracterizado por elementos clínicos e morfológicos intermediários entre as duas formas polares; o teste da lepromina, nesses casos, tem comportamento variável.

Decorrentes da própria lepra, existem algumas manifestações e complicações que, pela sua freqüência e gravidade, têm grande importância no decurso da doença: são as lesões tróficas e ulcerativas que evoluem e caracterizam as deformidades e as mutilações que constituem o estigma da lepra, induzindo o doente aos dramas de ordem social e à incapacidade. Tais lesões têm relação direta com as manifestações neurológicas que são pouco influenciadas pela terapêutica antileprótica. Pode ser comum o aparecimento de mutilações de extremidades em doentes que revelam melhoras evidentes do seu quadro bacteriológico. As medidas terapêuticas para estes casos são as fisioterápicas ortopédicas e cirúrgicas, altamente especializadas.

LEPROMA. Nódulo cutâneo que caracteriza a lepra lepromatosa (ver Lepra).

LEPTOFONIA. Debilidade da voz.

LEPTOMENINGE. Termo que indica o conjunto das duas meninges mais internas, a aracnóide e a pia-mater.

LEPTOSPIROSES. Processos inflamatórios provocados por leptospiras; estes parasitas atingem o organismo humano geralmente através de lesões cutâneas. Após um período de incubação de 5 ou 6 dias, a doença manifesta-se com lesões hepáticas, renais, cerebrais, conforme a localização das leptospiras. A forma mais grave é a leptospirose ictero-hemorrágica, que se revela clinicamente por icterícia e manifestações hemorrágicas.

LESÃO. Alteração de uma estrutura anatômica.

LESBIANISMO. Ver Homossexualismo.

LETARGIA. Estado de sonolência invencível que se observa em algumas síndromes psíquicas (histerismo, hipnotismo) ou em algumas doenças orgânicas (tripanossomíase africana, encefalite letárgica). A sonolência faz com que o doente durma o dia inteiro, como um indivíduo normal vencido por um sono muito intenso: dorme onde estiver e adormece quando está comendo ou falando. Geralmente não acorda para comer ou beber, mas pode ser despertado, caindo, entretanto, imediatamente depois, na sonolência.

LEUCEMIA. Processo mórbido progressivo e grave, no qual o sangue periférico apresenta células imaturas da série branca que podem estar aumentadas em número; concomitantemente, ocorre diminuição dos glóbulos vermelhos e das plaquetas. Conforme o tipo de glóbulos brancos predominante (linfócitos, granulócitos), distinguem-se diversos depôs de leucemias, das quais a leucemia linfóide e a leucemia mielóide são as mais freqüentes. Quanto à evolução, as leucemias são classificadas em agudas (de sintomatologia grave e levando à morte em poucos dias), subagudas (também com quadro clínico grave e evolução para a morte em um ou dois meses) e crônicas (apresentando sintomas menos intensos). A etiologia das leucemias ainda não está estabelecida; alguns autores pensam que sejam de natureza hiperplástica, enquanto que outros acham que sejam uma neoplasia, não faltando os que atribuem a causa a um vírus.

Leucemia mielóide crônica: incide preferentemente nos adultos do sexo masculino com sintomatologia pouco característica: astenia, emagrecimento, inapetência, febre, sudorese, dores, palidez. O doente acusa sensação de peso na parte esquerda do abdome, provocada por aumento de volume do baço; algumas vezes verificam-se hemorragias pela falta de plaquetas. Além dos distúrbios típicos da anemia, às vezes bastante acentuados, os leucêmicos apresentam quadros infecciosos devidos à diminuição das defesas orgânicas.

Leucemia linfóide crônica: incide preferentemente nas pessoas entre 55 e 65 anos de idade. Os primeiros sintomas são a astenia e a palidez; além disso, nota-se espessamento não doloroso dos linfonodos. O baço pode estar aumentado, porém, não como na leucemia mielóide crônica.

Leucemias agudas: nestes casos, é muito difícil distinguir a forma linfóide da mielóide, porque os elementos celulares na circulação são bastante imaturos. Apresentam evolução clínica tumultuosa e grave, levando o doente á morte em poucos dias, geralmente por fenômenos hemorrágicos. O início é brusco, com as características de uma infecção aguda: calafrios, dores generalizadas, febre elevada, astenia e palidez. A sintomatologia compreende, ainda esplenomegalia dolorosa, hepatomegalia, lesões ulcerosas da pele, mucosas da boca e do nariz, cobertas de placas esbranquiçadas, sangrantes e com mau odor. A evolução das leucemias agudas é muito curta e mortal.

LEUCÓCITOS. Ver sangue.

LEUCOCITOSE. Aumento patológico transitório do número de glóbulos brancos normais no sangue, observado no decurso de processos inflamatórios.

LEUCOCITOPENIA. Diminuição do número de glóbulos brancos do sangue observada em algumas moléstias infecciosas (tifo, paratifo, tuberculose), ou nos depauperamentos orgânicos graves.

LEUCODERMIA. Ausência de pigmento na pele devida a fatores congênitos (ver Albinismo) ou adquiridos (ver Vitiligo).

LEUCOMA ou ÁCLIDE. Afecção do globo ocular que se manifesta pelo aparecimento de pontos brancos ou branqueamento completo delas.

LEUCONIQUIA. Anomalia congênita as unhas que se manifesta pelo aparecimento de pontos brancos ou branqueamento completo delas.

LEUCOPENINA. Fator resultante da degradação do LPT (ver) que provoca a leucopenia.

LEUCOPLASIA. Presença de placas esbranquiçadas no epitélio mucoso, e localizadas, preferentemente, na região bucal, na face interna das bochechas.

LEUCORRÉIA. Aumento da secreção normal da mucosa vaginal, na maior parte dos casos ligado a afecções dos órgãos genitais. Disfunções endócrinas, moléstias infecciosas e fenômenos irritativos locais (como, por exemplo, irrigações freqüentes com substâncias medicamentosas) são outros fatores que podem determinar o aparecimento da leucorréia. Pelo fato de a secreção ser esbranquiçada, a leucorréia é vulgarmente denominada flores brancas.

LEUCOSE. Termo que abrange todas as formas de leucemia.

LEUCOTRIQUIA. Embranquecimento congênito dos cabelos.

LIBIDO. Termo utilizado em psicanálise, que Freud identifica com a carga de energia vital, cuja base é o instinto sexual e que se pode transformar no amor e na energia psíquica.

LIENTERIA. Diarréia em que as substâncias normalmente digeríveis são eliminadas sem sofrerem digestão.

LIGAMENTO. Formação fibrosa que tem a função de unir órgãos contíguos (ossos, cartilagens ou vísceras), permitindo-lhes movimentarem-se (ligamento articular), ou concorrerem para a sustentação de órgãos internos (ligamento suspensor).

LINFA. Líquido que circula no sistema vascular linfático e dependências e preenche os interstícios dos tecidos. Tem origem no plasma que atravessa as paredes dos vasos capilares. Após estabelecer trocas de substâncias com as células, uma parte permanece embebendo os tecidos e outra parte penetra nos capilares linfáticos. A linfa é formada principalmente por plasma sangüíneo; contém linfócitos, proteínas, lipídeos, colesterina, lecitina e substâncias do metabolismo celular. A linfa proveniente dos linfáticos do intestino denomina-se quilo e contém um elevado teor de gorduras, dando-lhe aspecto leitoso.

LINFADENOMA. Tumor habitualmente benigno dos linfonodos, mais freqüentemente localizado no pescoço. Sinônimo de linfoma.

LINFANGECTASIA. Dilatação dos vasos linfáticos provocada por fatores congênitos (muito raramente) ou por oclusão dos próprios vasos, habitualmente por: processos inflamatórios, compressão vascular externa, corpos estranhos que penetram nos ductos (entre estes, a localização de parasitas, como as filarias).

LINFANGIOMA. Tumor benigno constituído por proliferação de vaso linfáticos.

LINFANGITE. Processo inflamatório agudo ou crônico dos vasos linfáticos, cujos sintomas principais são: dor ao longo do trajeto do vaso inflamado e, às vezes, febre.

LINFÁTICO (Sistema). É constituído pelos vasos linfáticos e pelos linfonodos. Os vasos são condutos destinados à circulação da linfa. Subdividem-se em capilares, vasos linfáticos e troncos coletores. Os capilares linfáticos (formando a rede capilar linfática) podem ser comparados, pelo seu calibre, aos sangüíneos, porém diferenciam-se destes porque terminam nos linfonodos: os vasos linfáticos (de vários calibres e providos de válvulas) originam-se na rede capilar linfática, confluem entre si aumentando de calibre e diminuindo em número; os troncos coletores linfáticos formam o ducto torácico e o ducto linfático direito (ver Circulação linfática). Os capilares linfáticos têm a função de recolher a linfa intersticial que se encontra entre as células e de conduzi-la para os vasos e coletores. Estes, por sua vez, conduzem-na para a circulação venosa.

Os linfonodos (também denominados nodos linfáticos ou gânglios linfáticos) são órgãos de forma ovalada localizados ao longo do trajeto das vias linfáticas. São formados por uma camada externa ou cápsula, que envolve o parênquima constituído por uma porção cortical e uma porção medular. Na cortical estão localizados os folículos linfáticos ou nódulos que se encontram em cavidades nas quais circula a linfa. Estes nódulos são destinados à produção dos linfócitos. Além disso, os linfonodos têm por função filtrar as substâncias estranhas, representando importante barreira contra processos infecciosos. São encontrados esparsos ou reunidos em grupos ou cadeias superficiais e profundas (cervical, axilar, traqueobrônquica, mesentérica, inguinal, e outras), que possuem seus próprios territórios linfáticos; estes se anastomosam com territórios vizinhos.

LINFANTISMO. Estado mórbido de natureza constitucional que se manifesta na infância e regride na puberdade. As crianças portadoras de linfantismo além do depauperamento, palidez e temperamento melancólico, apresentam hiperplasia do tecido linfóide, aumento de volume das amídalas, tumefação de algumas regiões (nariz, boca), presença de vegetações adenóides. A tireóide mostra sinais de hipofunção, as glândulas genitais apresentam diversas alterações, os ossos são finos e bastante frágeis. Além disso, nos pequenos pacientes observa-se predisposição para moléstias infecciosas, as quais em geral se manifestam com quadros clínicos de certa gravidade. São outras moléstias ligadas ao linfantismo a anemia e os distúrbios do sistema endócrino.

LINFOADENITE ou LINFADENITE ou ADENITE. Processo inflamatório agudo ou crônico dos linfonodos, provocado por agentes patogênicos transportados por via linfática ou sangüínea.

LINFÓCITOS. Elementos figurados do sangue que fazem parte dos leucócitos produzidos na maior parte pelos linfonodos. A sua diminuição numérica é denominada linfocitopenia ou linfopenia, que ocorre em várias afecções dos linfonodos; o aumento é denominado linfocitose, ligado a diversos estados patológicos.

LINFOGRANULOMATOSE MALIGNA. A l.m. também denominada moléstia de Hodgkin, é um processo mórbido de caráter progressivo que atinge os linfonodos, determinando degeneração irreversível. Sua origem é ignorada: alguns autores pensam que seja de natureza virótica, enquanto outros consideram-na como um processo de neoformação. Os sintomas são: aumento de volume dos linfonodos, os quais podem comprimir outros órgãos, provocando disfunção deles (por exemplo, a compressão da traquéia produz dispnéia; a da aorta provoca distúrbios circulatórios, etc.), febre, às vezes prurido, anemia, mal-estar geral; além disso, podem aparecer manchas avermelhadas na pele. O organismo sofre um depauperamento grave, ocorre anemia, são possíveis hemorragias; o prognóstico é sempre fatal.

LINFORRAGIA ou LINFORRÉIA. Corrimento de linfa por ruptura de um vaso linfático.

LINFOSSARCOMA. Tumor maligno que atinge grupos de linfonodos e pode estender-se a todo o aparelho linfoglandular.

LÍNGUA. Órgão muscular revestido por mucosa, situado na cavidade bucal entre as arcadas dentárias. A l. representa o órgão essencial para a gustação (ver Gustação) e tem funções importantíssimas na mastigação, na deglutição e na articulação da palavra. A face superior da l., de coloração rósea, abriga os cálices gustativos, destinados à gustação. A face superior da l., de coloração rósea, abriga os cálices gustativos, destinados à gustação. A face inferior apresenta na linha mediana o frênulo lingual que limita, em parte, os movimentos da l. Em condições patológicas, a l. pode apresentar modificações de volume, cor e aspecto da sua superfície. As variações de coloração constituem um sintoma de vaias moléstias: na estomatite a l. torna-se vermelha, brilhante, dolorosa; nas afecções faríngeas apresenta coloração que tende para o amarelo; na escarlatina, coloração vermelha intensa nas margens. Na diabete, pode apresentar papilas hipertrofiadas, resultando em l. pilosa; às vezes, essas papilas desaparecem resultando a l. careca, índice de avitaminose B; outras vezes, a l. é de cor negra, como acontece na convalescença do coma. Na deficiência de ácido nicotínico, a língua apresenta hipertrofia das papilas, edema e fissuras. Podem ser citadas as modificações congênitas, não atribuídas e a processos patológicos, como presença de manchas irregulares e sulcos mais ou menos profundos.

LINGUAGEM (Fisiopatologia da). A linguagem falada ou escrita representa um conjunto de sinais por meio dos quais a espécie humana exprime o seu pensamento e mantém relações entre os seus componentes. A linguagem falada é expressa por meio de sons emitidos pela laringe e articulados pelos órgãos que formam a cavidade bucal; a linguagem escrita é representada por sinais gráficos convencionais. Os gestos e a mímica também exprimem idéias ou pensamentos. A linguagem é uma função adquirida e resulta da associação de várias funções psíquicas, motoras e sensoriais; portanto, para ser expressa, deve haver integridade de vários órgãos: do córtex cerebral, do aparelho auditivo, do aparelho da fonação, do sistema nervoso central. Assim, a linguagem é realizada por um conjunto de funções complexas e sincronizadas; qualquer alteração de uma dessas funções provocará perturbações mais ou menos graves da linguagem. Conseqüentemente, a fisiopatologia da linguagem compreende alterações que ocorrem na produção e na emissão da voz e as alterações da capacidade em exprimir as idéias ou pensamentos. Quando há alterações da pronúncia e do som da voz emitida, fala-se genericamente em dislalia, a qual compreende a disfonia (ver), a rinolalia (voz nasalada) e a mudez (ver). As alterações da linguagem provocadas por lesões encefálicas compreendem: a disartria (dificuldade e irregularidade na articulação das palavras por alterações nos músculos laríngeos e bucais, provocadas por lesões cerebrais ou nas vias de condução, como se verifica na sífilis cerebral, na doença de Parkinson, na Coréia, na paralisia facial periférica, na paralisia do glossofaríngeo, etc); a anartria ou afasia motora pura (total impossibilidade de articular palavras); a gagueira (ver); a taquilalia (emissão rápida de palavras, tornando-as incompreensíveis); a bradilalia (é o inverso da taquilalia, isto é, emissão muito lenta das palavras); a ecolalia (repetição das palavras); o mutismo (ver). Quando o paciente perde completamente as imagens verbais, sensoriais e motoras, fala-se de afasia total (ver Afasia).

LINITE GÁSTRICA. Espessamento difuso de toda a parede gástrica ou limitado somente à zona do piloro. A l.g. é caracterizada por um processo progressivo de retração, geralmente em seguida a processos inflamatórios. Clinicamente manifesta-se por vômitos após as refeições, inapetência, dor e depauperamento orgânico progressivo.

LIPASE. Enzima presente no suco gástrico, pancreático e entérico, que cinde a molécula das gorduras neutras em ácidos graxos e glicerol.

LIPEMIA. Presença no sangue de substâncias lipídicas sob a forma de emulsão. O aumento da l. constitui um fenômeno fisiológico após a ingestão de gorduras; porém, é uma síndrome mórbida (hiperlipemia) nos outros casos, como no alcoolismo crônico, na nefrite, na anemia perniciosa, etc.

LIPÍDEOS (ou Gorduras). Substâncias orgânicas encontradas em animais e vegetais, solúveis no éter, clorofórmio, benzeno, xilol, etc. Dividem-se em lipídeos simples ou gorduras neutras e lipídeos compostos ou lipóides.

Os primeiros exercem essencialmente função energéticas e os últimos, a função plástica, pois fazem parte da constituição celular.

LIPODISTROFIA. Doença metabólica que se manifesta por acúmulo de gordura em algumas regiões do corpo. O fenômeno está ligado a disfunções hormonais.

LIPÓIDES. Ver Lipídeos.

LIPOIDOSE ou TESAURISMOSE. Doença do metabolismo que se manifesta por formação anormal de gordura em alguns órgãos (fígado, baço) que aumentam progressivamente de volume.

LIPOMA. Tumor benigno constituído por tecido adiposo que se forma, na maioria dos casos, no tecido subcutâneo. Geralmente tem forma esférica, consistência mole e cor amarelada.

LIPOPROTEÍNAS. Proteínas que resultam da união de uma proteína simples com uma substância gordurosa.

LIPOSSARCOMA. Ver sarcoma.

LIPOTIMIA. Ver desmaio.

LÍQUEN. Nome que compreende várias dermatoses. Entre elas, citam-se o líquen scrofulosorum, que se manifesta com erupções de pequenos nódulos afetando principalmente crianças e mocinhas; o líquen planus ou líquen ruber planus, que consiste no aparecimento de pápulas nos braços, nas pernas, no abdome e nos órgãos genitais; o líquen zoniforme, incidindo no trajeto de um nervo como ocorre no herpes zoster; o líquen striatus, cujas pápulas têm disposição em séries lineares; o líquen ruber acuminatus, principalmente no couro cabeludo; o líquen plano eritematoso.

LISE. Resolução gradativa de um processo mórbido.

LISOSSOMAS. Orgânulos arredondados de estrutura lipoprotéica, presentes no citoplasma as células.

LISOZIMA. Substância protéica presente na secreção de algumas glândulas (lacrimais e salivares) e que possui ação antibacteriana.

LITÍASE. Formação de cálculos no interior de órgãos e de condutos.

Litíase biliar: Ver Colelitíase.

Litíase do colédoco: representa uma complicação grave da litíase biliar pois pode determinar lesões hepáticas e distúrbios em outros órgãos essenciais (pâncreas, rins, coração). Os sintomas são: cólica hepática, icterícia, febre elevada.

Litíase pancreática: consiste na presença de cálculos que se localizam geralmente nos ductos excretores da cabeça do pâncreas. Manifesta-se com cólicas muito dolorosas (provocadas por deslocamento dos cálculos, por obstrução da função excretora, por processos inflamatórios concomitantes), vômito, distúrbios digestivos e, às vezes, diabete (quando são lesadas as ilhotas de Langerhans).

Litíase renal ou nefrolitíase: bastante freqüente, depende da precipitação de sais dissolvidos na urina. Pode ser unilateral; geralmente localiza-se em um só lado. Atinge com maior freqüência as pessoas entre 20 e 45 anos de idade, mas pode ocorrer em crianças. A sintomatologia é variável, porém a manifestação mais característica é a cólica precedida de dores na região lombar. As dores são violentas e irradiam-se para a região inguinal; podem durar bastante tempo e prolongarem-se por alguns dias. São outros sintomas: exatoria, vômito e, às vezes febre. A gravidade do quadro clínico varia conforme as dimensões do cálculo; quando pequeno, pode ser eliminado espontaneamente; quando maior, será necessária intervenção cirúrgica para remove-lo.

Litíase uretral: é mais freqüente na uretra masculina porque é mais longa. Provoca distúrbios da micção, queimor e dor que se acentuam durante a eliminação da urina.

Litíase vesical: os cálculos podem atingir grandes dimensões; em geral, têm forma ovalada e tendem a aumentar sempre de tamanho. Os sintomas são: dores intensas que se acentuam após esforços físicos e que se propagam para a região inguinal, exatoria e necessidade freqüente de urinar.

Litíase prostática: os cálculos da próstata são muito pequenos; sua presença é revelada radiologicamente ou através de palpação por via retal ou, ainda, por uretroscopia. Geralmente são provenientes dos rins ou da bexiga. Os sintomas são: sensação de peso na região retal, queimor durante a micção e dificuldade para a ejaculação do esperma. Pode provocar a formação de abscessos.

LITOPÉDIO. Feto morto, que, após longa permanência no útero, sofre um processo de calcificação.

LITOTRIPSIA. Esmagamento de cálculos vesicais, a fim de facilitar a eliminação deles com a urina. A l. é efetuada com um instrumento especial.

LOBINHO. Pequeno cisto subcutâneo.

LÓCUS MINORIS RESISTENTIAE. Lugar de menor resistência do organismo frente a agentes mórbidos e, portanto, a sede da doença. Atualmente, a expressão latina l.m.r. constitui o que se denomina órgão sensível ou órgão de choque.

LOMBALGIA. Dores localizadas na região lombo-sacra.

LOMBAR (Punção). Punção praticada no segmento lombar da coluna vertebral com a finalidade de extrair o líquido cerebrospinal ou injetar soluções medicamentosas.

LOMBARES (Vértebras). Ver Vertebral (Coluna).

LOMBOS. Regiões simétricas da metade inferior do dorso, situadas ao lado da coluna vertebral.

LOMBRIGA. Verme do gênero Ascaris, parasita do intestino.

LOMBRIGUEIRO. Termo popular para designar medicamentos utilizados no tratamento de infestações intestinais provocadas por vermes.

LORDOSE. Desvio da coluna vertebral para a frente. A lordose é provocada por raquitismo ou por vícios de postura.

LOUCO. Termo impreciso e popular para designar pessoa portadora de algumas psicopatias.

LPT. É o fator estimulante leucocitário, polipetídeo de baixo peso molecular, que pode ser encontrado no sangue nos casos de inflamações agudas e que provoca a leucocitose.

LSD. Ver Medicação em psiquiatria.

LÚNULA. Zona esbranquiçada das unhas em forma de semilua.

LÚPUS ERITEMATOSO DISSEMINADO. Moléstia cujas alterações mais evidentes são na pele, constituídas por áreas eritematoso-escamosas, endurecidas, salientes e de bordos nítidos, localizadas, principalmente, nas zonas descobertas, como a face, nariz e bochechas (tais lesões são simétricas e se dispõem em “asas de borboleta”). Além da face, manifesta-se no dorso e nas mãos, sempre nas regiões descobertas. O l.e.d. é uma afecção crônica, recidivante, de evolução prolongada. Quando as lesões cutâneas evoluem para a cura, desaparecem sem deixar sinais, ou então, zonas pigmentadas ou despigmentadas. Além das lesões da pele, o l.e.d. pode determinar alterações mucosas (placas esbranquiçadas com tendência à ulceração e ao sangramento), comprometimento articular (dores articulares, poliartrite aguda migradora, poliartrite crônica progressiva), renal (albuminúria, exatoria), do coração (pericardite), do pulmão (pneumonia), esplenomegalia, alterações psíquicas e nervosas. O l.e.d. atinge principalmente o sexo feminino na idade de 20 a 40 anos, sendo raro na raça negra.

LUPUS VULGARIS. Afecção cutânea benigna que se caracteriza por pápulas de tamanho variável, de cor castanho ou castanho-avermelhada, localizadas principalmente na face. O l.v. constitui a manifestação cutânea da tuberculose. É geralmente benigno, mas sua evolução é lenta.

LUXAÇÃO. Deslocamento completo ou parcial de duas superfícies articulares, modificando as reações naturais de uma articulação. Pode ser congênita ou adquirida; neste último caso, é de origem traumática ou espontânea.

Luxação espontânea: é provocada por anomalias ou por processos patológicos que dificultam a função das superfícies articulares; ocorre sem a influência de fatores externos.

Luxação traumática: distingue-se em recente e inveterada; esta é menos redutível devido a formação de aderências. O quadro clínico caracteriza-se pela dor intensa na articulação, que se exacerba ao menor movimento, tumefação e vermelhidão. A luxação traumática provoca lesões da cápsula e dos ligamentos, os quais asseguram a elasticidade e a contenção da articulação.

Luxação congênita do quadril: malformação que afeta, geralmente, uma só articulação. O fenômeno patológico é reconhecido precocemente pela deambulação claudicante da criança. É mais freqüente no sexo feminino.

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Quem sou eu

Nascido no Japão como filho de massagista shiatsu em 1947, imigrado ao Brasil em 1959, residente em Marília/SP/Brazil desde 1997.

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