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terça-feira, 14 de julho de 2009

Dicionário Médico: Letra S

SACARASE. Enzima que cinde a sacarose em glicose e frutose.

SACARINA. Pó branco cristalino, inodoro, de sabor muito doce; dada a sua propriedade de não ser aproveitada pelo organismo, substitui o açúcar na dieta dos diabéticos.

SACAROSE. Composto orgânico formado por frutose e glicose.

SACO LACRIMAL. Situado na porção anterior da parede da órbita, no ângulo interno do olho, forma o ponto de reunião das lágrimas que são drenadas, através do duto naso-lacrimal, para o meato nasal inferior.

SACRALGIA. Dor no sacro.

SACRALIZAÇÃO. Malformação congênita que consiste na fusão da quinta vértebra lombar com o osso sacro.

SACRO (Osso). Osso ímpar da bacia, situado entre os ossos do quadril. É constituído pelas 5 vértebras sacras, soldadas entre si.

SACRO-ILEÍTE TUBERCULOSA. Inflamação de natureza tuberculosa que afeta a articulação sacro-ilíaca da bacia. Manifesta-se com dores e distúrbios da deambulação.

SADISMO. Perversão sexual que consiste em obter prazer sexual provocando lesões corporais no seu parceiro ou em outra pessoa.

SAFENAS (Veias). Duas veias (s. interna e s. externa) que percorrem a coxa e a perna.

SAFISMO ou LESBIANISMO. Homossexualismo entre mulheres (ver Homossexualismo). Par alguns, o safismo é o onanismo bucal.

SALICÍLICA (Intoxicação) ou SALICISMO. Conquanto os compostos salicídicos (ver Salicílicos) sejam bem tolerados pelo organismo, a ingestão acidental de grandes quantidades provoca intoxicação, principalmente em crianças com menos de 5 anos de idade, as quais são mais sensíveis aos fenômenos tóxicos. As manifestações mais comuns da intoxicação pelos compostos salicílicos (Salicismo) são: vertigens, parestesias auditivas, desconforto gástrico, náuseas, hiperpirexia, irritação gástrica, hemorragias e distúrbios do equilíbrio ácido-básico (podendo determinar alcalose salicílica ou acidose salicílica, ambas de caráter grave). Os compostos salicílicos podem ainda provocar o aparecimento de manifestações de caráter alérgico.

SALICÍLICOS. Grupo de compostos derivados do ácido salicílico (como o salicilato de sódio, o ácido acetilsalicílico ou “aspirina”, o salicilato de metila e o próprio ácido salicílico) que exerce atividade analgésica, antiírética e anti-reumática.

SALICISMO. Ver Salicílica (Intoxicação).

SALIVA. Líquido inodoro, secretado pelas glândulas salivares. Sua função é aglutinar e amolecer os alimentos ingeridos e contribuir para a formação do bolo alimentar. Contém uma enzima, a ptiliana, que transforma os amiláceos em maltose.

SALIVARES (Glândulas). Seis glândulas localizadas ao redor da cavidade bucal que elaboram a saliva. São as parótidas, as submaxilares e as sublinguais.

SALMONELOSES. Termo que indica um grupo de afecções provocadas por algumas spécies de Salmonelas. São Salmoneloses: a febre tifóide, o paratifo A, o paratifo B.

SALPINGE. (ou Tuba uterina ou Trompa de Falópio ou Oviduto). Cada um dos dois canais que ligam os ovários ao útero. A função das salpinges é colher o óvulo que atingiu a maturação e conduzi-lo ao útero onde, quando fecundado na salpinge, inicia o seu desenvolvimento.

SALPINGITE (ou Anexite). Processo inflamatório agudo ou crônico da salpinge. Pode ser de natureza blenorrágica, sifilítica, tuberculosa, estreptocócica, etc. É relativamente freqüente após o parto ou aborto. A forma aguda é clinicamente caracterizada por febre, às vezes elevada, dores locais, náusea e vômito.

SANGRIA. Extração de certa quantidade de sangue de uma veia superficial, praticada em determinados casos de edema pulmonar, de pletora, de hipertensão arterial, etc.

SANGUE. Tecido líquido que circula no organismo, desempenhando importantíssimas funções; seu volume no adulto representa cerca de 7% do peso corpóreo, portanto, em média, é de 5 litros, dos quais uma parte percorre os vasos (artérias, veias, capilares), enquanto outra parte permanece no baço, no tecido subcutâneo, no fígado, nos órgãos de depósito. O aumento de volume do s. é denominado hipervolemia, pletora; a diminuição é definida como hipovolemia. A cor do s. varia em função da quantidade de origênio que ele contém: o s. arterial, rico em oxigênio, é vermelho-claro, enquanto que o venoso, pobre em oxigênio, é vermelho-escuro. O s. é formado por uma parte líquida, o plasma, e por elementos corpusculares ou figurados e que são glóbulos vermelhos ou hemácias, glóbulos brancos ou leucócitos e plaquetas.

O plasma contém 90% de água e os outros 10% de proteínas e substâncias que devem ser transportadas às células para propiciar o desenvolvimento do metabolismo (substâncias nutritivas, sais, hormônios, vitaminas, etc.) ou serem eliminados (produtos de excreção). As proteínas do plasma são: as albuminas, as globulinas e o fibrinogênio; exercem funções importantíssimas: são utilizadas pelas células para o seu metabolismo; além disso, ligam-se a outras substâncias (lipídeos, vitaminas, hormônios, ferro, cálcio, pigmentos, etc.) fazendo o seu transporte. Uma parte das globulinas constitui os anticorpos (ver Imunidade) responsáveis pelas defesas do organismo; o fibrinogênio, é indispensável para a coagulação do sangue (ver Coagulação). Os glóbulos brancos no adulto são em número de 6 a 8000 por mm3 de sangue; são também denominados leucócitos e compreendem os granulócitos, os linfócitos e os monócitos. Os granulócitos têm o núcleo segmentado, simulando a presença de vários núcleos; no citoplasma apresentam grânulos. Em função da capacidade de adquirirem colorações diversas frente a corantes, dividem-se em granulócitos neutrófilos, basófilos e acidófilos. Os neutrófilos são os mais numerosos (60-70%) e destinam-se à fagocitose (ver Fagocitose) e por essa razão também denominam-se micrófagos; os acidófilos são raros (1 a 4%) e, provavelmente, desempenham algum papel nos processos de tipo alérgico; os basófilos constituem 1% e contêm uma substância semelhante à heparina que inibe a coagulação. Os monócitos (5-7%) são células grandes que exercem diversas funções. Os linfócitos (20-25%) são muito pequenos e participam do complexo mecanismo de formação de anticorpos. Os glóbulos vermelhos, também denominados eritrócitos, são em número de cerca de 5.000.000 por mm3 no homem e de 4.500.000 na mulher. Têm a forma de pequenos discos bicôncavos, sem núcleo e carregados de hemoglobina. Esta substância liga-se ao oxigênio, transportando-o às células. As plaquetas são elementos sem núcleo e o seu número é de cerca de 300.000 por mm3. Sua presença é indispensável para a coagulação do sangue (ver Coagulação).

SÂNIE. Líquido patológico de aspecto purulento e de cor escura.

SAPINHO. Ver Monilíase oral.

SAPREMIA. Estado mórbido caracterizado pela passagem de matéria purulenta para o sangue. Manifesta-se clinicamente por febre elevada e estado geral grave.

SAPRÓFITOS. Microrganismos que provocam um processo putrefativo.

SARAMPO. Moléstia infecciosa exantemática causada por um vírus que afeta principalmente crianças. Após um período de incubação, variável entre 8 e 14 dias, surgem sintomas gerais inespecíficos: febre, mal-estar, inflamação das primeiras vias respiratórias. O quadro dura 3 a 4 dias, após o qual a temperatura eleva-se e aparece a erupção cutânea típica, antes na face, depois no tronco e finalmente nos membros; o exantema é constituído por pequenas máculas, ligeiramente papulosas, a princípio pequenas e separadas e que depois aumentam em número e tamanho, tendendo a confluírem entre si. Depois de 5 a 6 dias, empalidecem até desaparecerem. As complicações mais freqüentes são a bronquite e a broncopneumonia. O sarampo propicia imunidade permanente para a maior parte dos casos.

SARCOCELE. Hérnia de músculo que sai da aponefrose, ou seja, do seu tecido de revestimento.

Sarcocele do testículo: tumor maligno do testículo e do epidídimo.

SARCÓIDES. Lesões cutâneas benignas, formadas por células semelhantes às do sarcoma. Apresentam-se como nódulos subcutâneos móveis e duros que se localizam preferentemente no tronco. A etiologia é obscura.

SARCOLEMA. Membrana muscular transparente que envolve as fibras musculares estriadas.

SARCOMA. Tumor maligno de tecido conectivo, constituído por tecidos de natureza mesenquimal. Quando é rico em vasos, toma o nome de angiossarcoma. Diversamente dos outros tumores conectivais, o s. incide quase sempre em pessoas com idade inferior aos 40 anos. A etiopatogenia é obscura e o prognóstico mau: o doente morre após grave caquexia ou após moléstias que complicam o quadro patológico.

Fibrossarcoma: caracterizado por lenta evolução proliferativa. Atinge todos os órgãos com tecido conectivo fibroso, tem predileção pelo pulmão e o esqueleto.

Osteossarcoma: afeta o esqueleto, especialmente os ossos longos; é típico da adolescência.

Condrossarcoma: localiza-se preferentemente nos pequenos ossos do pé e da mão, onde se desenvolve.

Lipossarcoma: tumor misto (lipoma e sarcoma) que afeta o tecido adiposo).

Sarcoma de Kaposi ou Moléstia de Kaposi: de evolução crônica, é caracterizada pelo aparecimento de formações nodulares pigmentadas, as quais, das extremidades inferiores, difundem-se por todo o corpo. Na maioria dos casos, afeta o sexo masculino, acima dos 40 anos de idade; o prognóstico é mau.

SARCOMATOSE. Aparecimento de diversos sarcomas, especialmente no peritôneo e na pleura, que se4 apresentam com aspecto nodular.

SARCOMICINA. Antibiótico de ação antitumoral.

SARDAS. Ver lentigem.

SARNA ou ESCABIOSE. Afecção cutânea parasitária, provocada pela instalação de um ácaro, o Sarcoptes scabiei, o qual escava túneis na camada córnea da epiderme, neles depositando ovos e se reproduzindo. O sintoma mais característico da sarna é o prurido intenso. O ácaro instala-se preferentemente nos espaços interdigitais, no mamilo e na regiões genitais. As complicações são representadas por lesões de vários tipos provocadas pelo ato de coçar.

SARTÓRIO (Músculo). Músculo longo situado na face antero-externa da coxa, também conhecido por “costureiro”.

SATIRÍASE. Anomalia sexual masculina caracterizada por grande exaltação genésica, ereção quase permanente e ejaculações repetidas.

SATURNISMO. Intoxicação aguda ou crônica provocada pelo chumbo. A primeira é muito rara; porém, o saturnismo crônico é uma moléstia tipicamente profissional que pode afetar mineradores, envernizadores, tipógrafos, curtidores e outros. Na fase inicial, o quadro clínico é caracterizado por cefaléia, distúrbios gástricos, astenia, tremores. Posteriormente, surgem sintomas característicos representados por lesões do bordo gengival, cólicas abdominais muito dolorosas, distúrbios nervosos sensitivos e motores e que dão origem à paralisia saturnínica, de tipo flácido. Além disso, acompanham a evolução da moléstia, episódios de delírio, distúrbios renais, anemia e esterilidade.

SEBÁCEAS (Glândulas). Glândulas cutâneas, anexas aos folículos pilosos. Elaboram a secreção sebácea, substância gordurosa que protege e lubrifica a pele.

SEBORRÉIA. Hiperatividade das glândulas sebáceas, mais freqüente no couro cabeludo, na pele da fronte, do nariz e do mento. Muitas vezes é provocada por distúrbios endócrinos.

SEDATIVOS. Também denominados tranqüilizantes menores (ver Medicação em psiquiatria); o termo s. foi empregado, genericamente, para designar medicamento que diminui a dor e combate a hiperexcitabilidade do sistema nervoso.

SEIO. Porção saliente ou dialatada de um vaso ou de um duto ou pequena cavidade de um osso. É tabmém sinônimo de mama (ver Mamas).

Seios paranasais: cavidades presentes no osso frontal (s. frontal), no maxilar (s. maxilar), no esfenóide (s.esfenoidal) e no etmóide (s.etmoidal).

SEMICÚPIO. Banho parcial que é realizado por imersão da parte inferior do corpo até o umbigo, em tina apropriada. É praticado, com fins descongestionantes, nos processos inflamatórios dos órgãos genitais ou da região anal.

SEMILUNAR. Osso do carpo situado entre o escafóide e o piramidal.

SEMILUNARES (Gânglios). Gânglios nervosos situados na cavidade abdominal.

SEMILUNARES (Válvulas). Válvulas cardíacas implantadas nos bordos dos óstios de comunicação dos ventrículos com as respectivas artérias.

SEMINÍFEROS (Túbulos). Pequenos canais dos testículos, destinados à elaboração dos espermatozóides.

SEMINOMA (ou Epitelioma seminal). Tumor maligno que afeta as células dos túbulos seminíferos dos testículos; a afecção incide nos adultos.

SENILISMO. Senilidade precoce devida a fatores mórbidos, secundários a desequilíbrios endócrinos (hipertrofia do timo ou alterações pluriglandulares).

SENSIBILIDADE. Capacidade de percepção dos estímulos externos. Estes agem sobre determinadas terminações nervosas de natureza especial e, sob a forma de excitações, atingem os centros nervosos onde são transformados em sensações.

SENTIDOS (Órgãos dos). Órgãos dotados de estruturas nervosas especiais destinadas à percepção dos estímulos que são transmitidos aos centros nervosos.

SEPSIA. Processo infeccioso local.

SEPTICEMIA. Estado mórbido no qual um processo infeccioso se difunde por todo o organismo, através do sangue (quando os germes são apenas transportados pelo sangue, sem reproduzir o processo em outras partes do organismo, fala-se em bacteriemia). A reprodução do processo infecciosos em diversos territórios constitui a metástase, a qual representa um dos modos de propagação das moléstias. A possibilidade de metástase não depende das características dos agentes infecciosos e da sua disseminação, mas da receptividade de cada órgão ou tecido e da capacidade de defesa e de reação do organismo. A septicemia manifesta-se com febre altíssima, muitas vezes intermitente, distúrbios nervosos, delírio, estados comatosos, colapso. Na pele podem surgir máculas escarlatiniformes. Os outros sintomas são: perda do apetite, meteorismo intestinal, prisão de ventre ou diarréia. São muito graves as septicemias por estafilococos, estreptococos e pneumococos. A septicemia manifesta-se muitas vezes como complicação de infecções locais exógenas (furúnculos, abscessos) ou endógenas (pneumonia, sinusite, etc.).

SEPTO. Formação anatômica delgada, laminar, muitas vezes de natureza cartilaginosa, que separa duas cavidades.

SEQÜESTRO ÓSSEO. Zona de tecido necrotizado no interior de um osso.

SEROSAS. Membranas delgadas que revestem cavidades fechadas do organismo. São: a pleura, o pericárdio, o peritônio.

SESAMÓIDES (Ossos). Pequenos ossos que se inserem entre os tendões musculares.

SHOCK. Queda brusca da pressão arterial; o mesmo que Choque (ver).

SHOENLEIN-HENOCH (Moléstia de). Ver Púrpura.

SIALADENITE. Processo inflamatório agudo ou crônico das glândulas salivares. Manifesta-se com dor, tumefação e disfunção secretora.

SIALAGOGOS. Drogas e fatores que provocam aumento da secreção salivar, como: estímulo mecânico, pela mastigação de gomas, estímulo psíquico representado pelo aspecto dos alimentos, apetite, odores, lembranças de refeições anteriores, etc.; substâncias ácidas, cáusticas ou irritantes, como ácidos, mostarda, pimenta, etc.; substâncias amargas, contidas em certas bebidas alcoólicas; drogas que estimulam o centro da salivação como a apomorfina e drogas parassimpatomiméticas, como a acetilcolina, pilocarpina e outras.

SIALOLITÍASE. Formação de cálculos no ducto excretor das glândulas salivares, os quais impedem a eliminação da secreção e provocam a formação de cistos (sialocele).

SIALORRÉIA. Aumento da secreção de saliva elaborada pelas glândulas salivares.

SICOSE. Afecção cutânea da qual se conhecem duas formas: a simples e a tricofítica.

Sicose simples: processo inflamatório agudo dos folículos pilosos; a sua evolução é caracterizada pela formação de pústulas isoladas ou agrupadas.

Sicose tricofítica: afecção parasitária muito contagiosa que se manifesta por lesões purulentas na face, nas regiões que no homem correspondem à barba.

SIDEROSE. Ver Pneumoconiose.

SÍFILIS ou LUES. Moléstia infecciosa provocada por um espiroqueta, Treponema pallidum microrganismo filiforme e espiralado, muito móvel, o qual pode determinar no organismo diversas lesões. A moléstia é, em geral, adquirida através das relações sexuais (constituindo uma das chamadas moléstias venéreas) ou, então, transmitida pela mãe ao feto, durante a sua vida uterina. A primeira forma de contágio constitui a sífilis adquirida e a segunda, a sífilis congênita.

Sífilis Adquirida: se faz quase sempre pelo contágio direto, através das relações sexuais e, por esse motivo, a lesão inicial, denominada cancro duro, está situada na glande ou no prepúcio do homem e nos grandes lábios, ou nos pequenos lábios, ou na vagina ou mesmo no colo uterino da mulher. Além dessa manifestação, surge também adenopatia inguinal. Raramente a lesão inicial pode ser extragenital, como na mucosa da boca, nas mamas, nos dedos, etc. O contágio indireto é raríssimo. O aparecimento do cancro duro ocorre cerca de 2 a 3 semanas após a infecção e cura-se, em geral, sem deixar cicatriz. O sifiloma primário ou cancro duro e o respectivo comprometimento ganglionar, constituem o complexo primário sifilítico. Depois do cancro inicial dá-se a generalização da infecção, manifestando-se dores de cabeça, comprometimento das mucosas da boca, faringe, laringe, e também da pele; as lesões mais freqüentes são máculas róseas, constituindo o exantema sifilítico ou o eritema sifilítico, ou ainda roséolas. Às vezes aparecem pápulas localizadas ao nível dos órgãos genitais ou nas bordas do ânus, constituindo o condiloma plano. Durante esse período da evolução da sífilis podem surgir pústulas (devidas a fenômenos de necrose da pele). Todas essas lesões têm distribuição generalizada porque são provocadas pelos treponemas transportados pelo sangue; as sedes mais características são: palma das mãos; planta dos pés; couro cabeludo, provocando queda de cabelos (alopecia). Durante a fase de secundarismo da sífilis, o paciente pode acusar febre, mal-estar geral e os linfonodos podem apresentar-se tumefeitos. Após período muito variável de doente pra doente, mas que pode ser de até 20 anos, surgem lesões características da sífilis terciária, denominadas gomas, que se apresentam como nódulos de tamanho variável, podendo atingir até o volume de um ovo de galinha, de consistência firme e elástica. Estas lesões atingem os órgãos internos como o coração, o sistema nervoso e os grandes vasos, sobretudo certas artérias, como a cerebral média e a aorta. A lesão da túnica média da aorta enfraquece a parede do vaso, que, por isso, se dilata, constituindo o aneurisma. Esse tende a aumentar de volume, atingindo grandes dimensões, comprime órgãos vizinhos, provoca erosão do osso esterno ou das vértebras da coluna. O aneurisma pode romper-se, provocando a morte do paciente. O comprometimento do sistema nervoso caracteriza o quarto período ou sífilis nervosa, que se pode manifestar pela paralisia geral (também denominada demência paralítica), ou tabes dorsal, ou a paraplegia de Erb, ou ainda, a atrofia do nervo óptico.

Sífilis Congênita. O contágio ocorre durante o desenvolvimento fetal (após o quarto mês de gravidez) quando a mãe é sifilítica; a infecção pode provocar o aborto, o parto prematuro ou o nascimento de um feto morto ou sifilítico. A sífilis congênita, ao contrário do que se pensa, não é hereditária, porque a infecção é transmitida durante a vida intra-uterina, através da placenta e não através dos cromossomos. Quando nasce, a criança já pode apresentar vesículas na palma das mãos e na planta dos pés ou manifestar, mais tarde, perturbações auditivas, visuais e da dentição (tríade de Hutchinson). Para o diagnóstico da sífilis existem algumas provas baseadas na presença de anticorpos antitreponema no sangue de doentes; as mais comuns são as reações de Wasserman, de Meinicke, de Kahn e o teste de Nélson.

SIGMÓIDE (Cólon). Parte do cólon descendente com forma de S.

SILÊNCIO. Intervalo entre as bulhas cardíacas.

SILICOSE. Ver Pneumoconiose.

SIMMONDS (Moléstia de). Ver Caquexia hipofisária.

SIMPÁTICO (Sistema). Ver Sistema neurovegetativo.

SIMPATICOTONIA. Estado mórbido caracterizado por hiperatividade do sistema nervoso simpático e que se manifesta com taquicardia, hipertensão arterial e irritabilidade.

SINARTROSE. Ver Articulações.

SÍNCOPE. Síndrome caracterizada pela parada da atividade cardiocirculatória e respiratória e conseqüente perda da consciência. Verifica-se após anemia cerebral, bloqueio cardíaco, infarto do miocárdio, tromboses, traumatismos, embolias pulmonares.

SINDACTILIA. Anomalia congênita que consiste na fusão, mediante uma prega cutânea, de dois ou mais dedos da mão ou do pé.

SINDESMOTOMIA. Dissecção de ligamentos.

SÍNDROME. Conjunto de sintomas que caracterizam um quadro clínico.

SÍNDROME DE FELTY. Ver Reumatóide (Artrite).

SINEQUIA. Ver Aderência.

SINERGISMO MEDICAMENTOSO. Verifica-se quando dois ou mais medicamentos administrados ao mesmo tempo, reforçam reciprocamente os seus efeitos. O s.m. pode ser de dois tipos:

S.m. por somação: dá-se quando duas drogas, geralmente agindo nas mesmas estruturas, produzem efeitos semelhantes e, por isso, quando administradas simultaneamente determinam um efeito aumentado que corresponde à soma dos efeitos que cada uma produziria quando empregada isoladamente.

S.m. por potenciação: neste caso ocorre a interferência de uma droga no modo de ação da outra e o efeito obtido é muitas vezes mais intenso do que o habitualmente observado e sempre maior do que a soma dos efeitos produzidos pela administração de cada uma delas. (Ver Pseudossinergismo medicamentoso).

SINOSTOSE. Malformação congênita ou adquirida do esqueleto que consiste na soldadura de dois ossos contíguos; instala-se após a ossificação articular. A sinostose adquirida é secundária a osteopatias.

SINÓVIA. (ou Líquido sinovial). Líquido branco-amarelado, viscoso, secretado pela membrana sinovial e que tem a função de lubrificar as superfícies articulares.

SINOVIAL (Membrana). Membrana de revestimento das cápsulas articulares.

SINOVITE. Processo inflamatório agudo ou crônico da membrana sinovial, freqüentemente de origem traumática. Manifesta-se com tumefação, dores articulares, dificuldades de movimentação.

SINUSITE. Processo inflamatório agudo ou crônico dos seios paranasais. Dependendo da sua localização, a sinusite pode ser: frontal, maxilar, etmoidal, esfenoidal. Diversos fatores favorecem a instalação dos germes (habitualmente o estreptococo ou o estafilococo): traumatismos, rinites crônicas, cáries dentárias, obstruções nasais. A sinusite aguda manifesta-se com abundante secreção purulenta, dor local e, muitas vezes, febre.

SIRINGOMIELIA. Moléstia da medula espinal, caracterizada pela formação de cavidade no interior do órgão. A etiologia é obscura; alguns pensam que a afecção seja de origem tumoral enquanto que outros, de natureza infecciosa. Os sintomas são: atrofia muscular progressiva acompanhada de paralisia, distúrbios da sensibilidade, fragilidade capilar e outros sinais.

SINDESMOLOGIA. Estudo dos ligamentos articulares.

SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL. É constituído por centros nervosos distribuídos por todo o neuro-eixo (áreas corticais cerebrais, núcleos da base, núcleo rubro, núcleos cerebelares e outros) e por fibras que estabelecem conexões entre esses diversos centros e também conduzem impulsos descendentes para as células da coluna anterior da medula espinal. O sistema extrapiramidal é responsável pela manutenção do tono muscular, pela execução de movimentos involuntários, pelas respostas reflexas e pela harmonia e coordenação de movimentos.

SISTEMA NERVOSO. O sistema nervoso divide-se em s.n. central e s.n. periférico. O s.n. central, também denominado neuro-eixo ou eixo cérebro-espinal, compreende os órgãos situados na caixa craniana e a medula espinal. Da medula partem os estímulos nervosos e a ela chegam as excitações da periferia. O s.n. periférico é formado pelos nervos que se originam do encéfalo e da medula espinal e distribuem-se em todas as regiões do corpo. O tecido nervoso é constituído por células e por fibras nervosas. Cada célula apresenta numerosos prolongamentos (os dendritos); um deles, o mais longo, não é ramificado nem modifica sua espessura: é o neurito ou axônio ou cilindro-eixo. Este, revestido por uma bainha denominada neurilema, une-se às fibras provenientes de outras células e constitui o nervo.

Com a denominação de neurônio indica-se a unidade anatômica e funcional que compreende a célula nervosa e todos os seus prolongamentos; quando o neurônio é estimulado, produz um impulso nervoso que se propaga e se transmite em cadeia às fibras dos neurônios vizinhos. Fundamental é a distinção entre as fibras nervosas sensitivas e as fibras nervosas motoras. As primeiras transmitem aos núcleos centrais os estímulos colhidos na periferia; as últimas transmitem os impulsos nervosos do núcleo central para a periferia. Alguns nervos são formados apenas por fibras nervosas motoras ou sensitivas; outros são dotados de fibras de ambos os tipos (nervos mistos).

Nem todos os impulsos são voluntários; existem alguns involuntários, denominados “reflexos”. No assim chamado arco reflexo, o estímulo atinge, através de um nervo sensitivo, o s.n. central (cérebro ou muitas vezes, a medula) onde excita o centro motor que transmite estímulo análogo para a periferia. Assim, o olho atingido por um foco luminoso, tende imediatamente a reduzir o diâmetro pupilar; a percussão do tendão rotuliano, provoca contração dos músculos da coxa.

Sistema Nervoso Central: compreende os órgãos situados na cavidade craniana e no canal vertebral, isto é, o encéfalo e a medula espinal, que no seu conjunto formam o eixo encéfalo-espinal ou neuro-eixo. No encéfalo e na medula encontram-se duas substâncias, uma branca e outra cinza. Esta é constituída por células nervosas, fibras nervosas e neuroglia (tecido conectivo de sustentação e de reparação do tecido nervoso e que mantém unidas as células nervosas e as suas fibras); a substância branca é formada por neuroglia e por fibras nervosas.

O eixo cérebro-espinal não se encontra em contato direto com as paredes da cavidade na qual está contido, mas circundado por três membranas, as meninges, e é banhado em um líquido, o líquido cerebrospinal ou líquor. O s.n.c. consta de um conjunto celular de substância cinzenta (núcleos) ligados entre si por feixes de fibras. Os núcleos representam as estações de partida ou de chegada dos impulsos nervosos; os feixes funcionam como condutores.

Sistema Nervoso Periférico: o conjunto de nervos que partem do encéfalo e da medula espinal, ligando o s. n. central a todas as partes do corpo, constitui o s.n.p. Os nervos não percorrem isolados mas ao lado de artérias, veias e linfáticos; no seu percurso (especialmente junto à coluna vertebral), encontram-se gânglios, pequenas tumefações nervosas de coloração cinza-rósea. Estes dividem-se em cranianos e espinais. Os primeiros originam-se do encéfalo e os últimos da medula espinal.

Os nervos cranianos são em número de 12 pares, dos quais 3 pares são sensitivos, 5 motores e 4 mistos. Os sensitivos são: o nervo olfatório, o n. óptico e o n. vestíbulo-coclear (ou estatoacústico ou auditivo). Os motores são: o n. oculomotor (ou motor ocular comum), o n. troclear, o n. abducente, o n. acessório (ou espinal) e o n. hipoglosso. Os mistos compreendem: o n. trigêmeo, o n. facial, o n. glossofaríngeo e o n. vago.

Os espinais, num total de 66, são constituídos por 8 pares de nervos cervicais, 12 pares de dorsais (ou torácicos), 5 pares de lombares, 5 pares de sacrais e 3 pares coccígenos. Estes nervos são mistos, ou seja, cada um deles é sensitivo e motor (mais precisamente, a raiz posterior é sensitiva e a raiz anterior é motora).

SISTEMA NERVOSOS AUTÔNOMO. Ver Sistema Neurovegetativo.

SISTEMA NEUROVEGETATIVO. (ou Sistema Nervoso Autônomo). O s.n. regula a atividade das vísceras e as funções da vida vegetativa; seus neurônios centrais constituem núcleos eferentes que estão situados na medula espinal, no bulbo, na ponte e no mesencéfalo, subordinados a centros superiores diencefálicos e corticais. Dos núcleos da medula e do tronco encefálico, partem prolongamentos que fazem conexão com neurônios periféricos situados em gânglios simpáticos os quais, conforme a sua respectiva localização, são denominados vertebrais, pré-vertebrais e periféricos. Os gânglios vertebrais estão dispostos em duas séries, uma de cada lado da coluna vertebral e são unidos entre si por feixes, formando os troncos do simpático; estes ligam-se aos nervos espinais através de ramos nervosos. Os gânglios pré-vertebrais estão situados na face anterior da região lombar da coluna vertebral e compreendem os gânglios celíacos, mesentéricos, aórtico-renais e outros. Os gânglios periféricos estão situados no interior dos órgãos ou nas suas proximidades. Dos gânglios ou dos troncos nascem os nervos simpáticos que inervam os tecidos viscerais (musculatura lisa, cardíaca, glândulas). A inervação é realizada por dois neurônios, um pré-ganglionar cujo corpo está situado no neuro-eixo e um pós-ganglionar cujo corpo situa-se num gânglio. O s.n. é dividido, sob o ponto de vista anatômico, em simpático (ou grande simpático) e parassimpático. O simpático origina-se na região toracolombar do eixo nervoso, e o parassimpático nas porções cranial e sacral desse mesmo eixo. No entanto, sob o ponto de vista funcional, os nervos autonômicos são classificados em adrenérgicos e colinérgicos, que revelam o tipo de atividade que exercem, segundo libertem, respectivamente, o mediador adrenalínico ou o mediador acetilcolínico. Os nervos adrenérgicos (que libertam a adrenalina e a noradrenalina) são as fibras pre-ganlionares simpáticas. Os nervos colinérgicos (que libertam a acetilcolina) são principalmente as fibras pós-ganglionares parassimpáticas, todas as fibras pré-ganlionares, simpáticas e parassimpáticas, as fibras simpáticas que inervam as glândulas sudoríparas e a porção medular das supra-renais.

As drogas que atuam através do s.n. são classificadas segundo as modificações que determinam nas funções adrenérgica e colinérgica da inervação. Desse modo, distinguem-se os seguintes grupos de drogas: adrenérgicas (ou simpatomiméticas); antiadrenérgicas (ou simpatolíticas); colinérgicas (ou parassimpatomiméticas); anticolinérgicas (ou parassimpatolíticas); estimulantes ganglionares; depressores ganglionares.

SISTEMA PIRAMIDAL. Cadeia de neurônios eferentes condutores de impulsos nervosos somáticos, responsável pelo controle da motricidade voluntária. Origina-se na área motora do córtex cerebral e termina nos neurônios dos núcleos motores dos nervos cranianos ou em grupos de células nervosas da coluna anterior da medula espinal.

SISTEMA RETÍCULO-ENDOTELIAL ou S.R.E. Conjunto de células móveis do tecido conjuntivo, de tecido reticular e de endotélio dos capilares; as células do S.R.E. têm duas propriedades fundamentais: fagocitose e coloidopexia. A primeira consiste em englobar as partículas orgânicas e inorgânicas, incorporando-as por mecanismo enzimático. A coloidopexia consiste na fixação dos colóides. Outra propriedade do S.R.E. é a pinocitose (emissão de membrana na superfície dos histiócitos que se fecha englobando líquido intersticial) e a rofeocitose ou micropinocitose (invaginações do citoplasma para a captação de macromoléculas). Por meio dessas propriedades, o S.R.E. realiza o metabolismo intermediário, isto é, aquele que se processa nos tecidos.

SODOKU (ou Febre ou Infecção por mordida de rato). Moléstia infecciosa aguda determinada por um espiroqueta e contraída por meio de ferimento provocado por mordida de rato ou de camundongo. Manifesta-se por tumefação na zona traumatizada, linfangite, febre, cefaléia, mal-estar geral. Na pele surgem máculas papulosas difusas.

SÓLEO. Músculo da região posterior da perna, situado entre os dois gêmeos.

SOLITÁRIA (Verme). É assim chamada vulgarmente a Tênia, agente responsável pela teníase.

SOLUÇO. Fenômeno transitório ou persistente, caracterizado por brusca contração do diafragma e simultâneo fechamento da glote. São várias as causas que determinam o soluço transitório: deglutição forçada, emoções, frio. O soluço persistente, portanto patológico, instala-se após lesões no nervo frênico, nas pleurites diafragmáticas, nos abscessos pulmonares e outras moléstias.

SONAMBULISMO. Síndrome caracterizada pela persistência de atividade motora que se verifica durante o sono ou no estado hipnótico. Durante o sono, o paciente realiza, num estado de semi-inconsciência, determinadas ações das quais não é capaz de se recordar quando desperta. O sonambulismo parece ser provocado por sonhos capazes de influenciar a esfera motora. É característico da infância, sobretudo no sexo feminino. Nos adultos, o sonambulismo representa um sistema de estados patológicos, histerismo, epilepsia, etc.

SONO. Estado fisiológico caracterizado pela interrupção das atividades intelectuais e sensoriais. Durante o sono, diminuem: o metabolismo, o tono muscular, a pressão arterial, a freqüência dos batimentos cardíacos, a ventilação pulmonar; ao contrário, aumenta a densidade da urina e a secreção do suor. A necessidade de dormir, varia nos diversos períodos da vida; o recém-nascido necessita de 20 a 22 horas por dia; as crianças de 1 a 5 anos: 12 a 16 horas; as crianças de 6 a 12 anos: 10 a 14 horas; o adulto de 7 a 9 horas; o velho de 5 a 6 horas. O sono representa um estado necessário ao organismo, a fim de que ele possa recuperar suas próprias energias. Foram formuladas muitas teorias para explicar o mecanismo do sono. Pavlov acreditava que o sono fosse devido à irradiação no córtex das inibições internas. Atualmente, a teoria mais aceita é a de Zondek e Bier segundo a qual a hipófise secreta um hormônio que age como depressor da região hipotalâmica, onde existiria o centro nervoso do sono.

SONOTERAPIA. Ver Narcoterapia.

SOPORÍFERO. Medicamento que determina sono profundo. Ver Medicação em psiquiatria.

SOPRO CARDÍACO. Ver Valvulares (Vícios).

SOPRO RESPIRATÓRIO. Rumor brando e difuso que se ausculta em condições fisiológicas na altura da 7ª vértebra cervical, na região interescapular e nas zonas de projeção direta da laringe e da traquéia. Em condições patológicas pode ser encontrado o sopro respiratório em outros pontos da parede torácica, em correspondência com aumento da densidade do parênquima pulmonar (pneumonias, atelectasias, pleurites, cavernas, abscesso pulmonar).

SORO (Moléstia do). Afecção provocada pela administração de soro imunizante e que se manifesta clinicamente por erupção de máculas semelhantes às da urticária. Às vezes é acompanhada de febre e inchaço das articulações. Sua evolução (cerca de 10 dias) é benigna.

SPINA BÍFIDA. Malformação congênita da coluna vertebral que consiste na falta de soldadura total ou parcial de um ou de mais arcos vertebrais; em geral, esta anomalia está situada na região lombar ou sacra, mas pode ser também cervical, embora mais raramente.

SPINA VENTOSA. Processo mórbido, geralmente de natureza tuberculosa, que afeta os metacarpianos ou as falanges ou, mais raramente, os metatarsianos. Manifesta-se por aumento de volume das partes interessadas; o quadro clínico é caracterizado por fraturas freqüentes, abscessos e fístulas.

STTIL-CHAUFFARD (Moléstia de). Ver Reumatóide (Artrite).

SUBICTERÍCIA. Forma atenuada e benigna de icterícia.

SUBLUXAÇÃO. Afastamento temporário de duas superfícies articulares, após traumatismos.

SUCOS DIGESTIVOS. Líquidos orgânicos que fazem parte do processo digestivo.

Suco entérico: é elaborado pelas glândulas da mucosa intestinal. Contém muitas enzimas entre as quais a maltase, a lactase e a invertase.

Suco gástrico: é secretado pela mucosa gástrica; contém ácido clorídrico e três enzimas: a pepsina, a quimosina e a limase gástrica (ver Gástrico, Suco).

SUCO INTESTINAL. Produto segregado pelas glândulas mucosas do intestino.

Suco pancreático: produto de secreção interna do pâncreas, contém três fermentos principais: a tripsina, a lípase e a amilase.

SUDAMINA. Dermatose caracterizada pelo aparecimento de pontos rosados, às vezes recobertos por pequenas vesículas; é própria das pessoas de pele delicada, que transpiram muito.

SULFURETO DE CARBONO (Intoxicação por).

Intoxicação aguda: provoca cefaléia intensa, tremores, alucinações.

Intoxicação crônica: moléstia profissional que se manifesta por depauperamento físico e psíquico progressivo, insônia, agitação, neurite, síndromes paralíticas.

SUOR. Líquido incolor, de odor mais ou menos penetrante, constituído por água (98%), sais inorgânicos (cloreto de sódio), compostos orgânicos (uréia, creatinina, amoníaco, ácido láctico, etc.). É secretado pelas glândulas sudoríparas difundias na superfície epidérmica de modo irregular (abundantes especialmente na planta do pé e na palma da mão). A evaporação do suor determina perda de calor do corpo; tem, portanto, uma função termorreguladora; além disso, o suor libera o organismo de muitas substâncias tóxicas, exercendo ação desintoxicante.

SUPERALIMENTAÇÃO. Termo que indica a ingestão de alimentos em demasia. Às vezes, a s. é necessária e, portanto, benéfica, como nos casos de depauperamento orgânico; de outro lado, a adoção de uma dieta muito rica em elementos nutritivos conduz a diversas condições mórbidas. A conseqüência patológica mais freqüente da s. é a obesidade, embora esta possa ser provocada por outras causas. O excesso de alimentação exige maior atividade do organismo. Estômago, fígado e intestino são os órgãos que mais se ressentem do estado de superalimentação; o coração pode sofrer descompensação não só pelo acúmulo de gordura que se infiltra nas suas paredes. Os rins sofrem alterações progressivas porque são obrigados a uma maior eliminação de resíduos. A pele, por causa de uma maior sudorese, pode apresentar eczemas; as artérias ao endurecerem-se apresentam tendência para arteriosclerose.

SUPRA-RENAIS (Glândulas). São duas glândulas endócrinas, cada uma situada em cima de um dos rins. Veja Glândulas endócrinas.

SURDEZ. Incapacidade de percepção dos sons; pode ser total ou parcial (hipoacusia). Distinguem-se três tipos de s. (s. de transmissão, s. de recepção e s. mista) conforme a localização das lesões responsáveis pela anomalia. A s. de transmissão é devida a alterações dos órgãos internos destinados ao transporte das ondas sonoras, isto é, do ouvido externo, do ouvido médio, da janela oval e da redonda e parte do ouvido interno (endolinfa, perilinfa); as lesões podem ser de diferentes tipos: anomalias congênitas ou adquiridas do conduto auditivo, oclusões desse conduto por corpos estranhos (como o cerume), inflamações da trompa de Eustáquio, otites médias agudas ou crônicas, alterações congênitas ou adquiridas da cadeia de ossículos, etc. A s. de recepção é causada por lesões do ouvido interno ou do nervo acústico ou da zona do cérebro onde chegam a fibras de tal nervo; tais lesões podem ser de natureza inflamatória (labirintites, encefalites, meningites) ou degenerativa (otosclerose, também denominada otospongiose, tumores do nervo acústico ou do cérebro). As s. mistas são devidas a lesões tanto nos órgãos de transmissão como nos de recepção.

Os que nascem ou se tornam precocemente surdos não têm a possibilidade de aprender a falar; portanto são surdos-mudos. O surdimutismo ou surdo-mudez mani8festa-se no recém-nascido; como a linguagem falada somente pode ser adquirida durante a vida (isto é, exige um aprendizado ouvindo o que os outros falam), os que nascem surdos não podem aprender a falar e, por essa razão, serão também mudos. O surdimutismo é bilateral. Existe uma forma congênita (provocada por processos inflamatórios que atingem o fato no útero materno) e uma forma adquirida (cujas causas são as mesmas enumeradas para a surdez).

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Quem sou eu

Nascido no Japão como filho de massagista shiatsu em 1947, imigrado ao Brasil em 1959, residente em Marília/SP/Brazil desde 1997.

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